27 dezembro 2009

O que a religião tem feito as pessoas?!


Três milhões de xiitas iraquianos celebram Ashura com fervor religioso


Até crianças participam da cerimônia religiosa, que inclui autoflagelação

Um grande fervor religioso foi demonstrado neste domingo por milhões de iraquianos que celebram o luto da Ashura, a cerimônia xiita mais importante, na cidade sagrada de Kerbala, epicentro das comemorações, com forte presença das forças de segurança.

Três milhões de fiéis, entre eles crianças, se reuniram na cidade, a 110 km de Bagdá, para recordar a morte do imã Hussein, neto de de Maomé, filho de Ali, no ano 680 pelas tropas do califa omeia Yazid na batalha de Kerbala, en un conflito pela liderança dos muçulmanos, 48 anos depois da morte do fundador do islã.

Segundo a tradição, os fiéis se autoflagelam em sinal de arrependimento por não terem ajudado o imã. Ao som dos tambores, os fiéis batem contra o peito e gritam o nome de Hussein para marcar o aniversário da morte desta figura central do islã xiita.

"Mais de três milhões de fiéis passaram a noite na cidade sagrada para preparar as procissões religiosas que cortam a cidade", afirmou à AFP o vice-governador da província de Kerbala, Nassif Jassem.

Peregrinos de todo o mundo viajam ao Iraque todo ano para participar da Ashura. No total, 105.000 estrangeiros viajaram do Paquistão, dos países do Golfo, Irã, Canadá ou até mesmo da Tanzânia, entre outros.

Em 10 dias de cerimônias, que chegam ao fim neste domingo, quase seis milhões de pessoas visitaram a cidade sagrada. A polícia e o Exército mobilizaram 25.000 oficiais para impedir ataques de extremistas sunitas, que no passado abalaram as cerimônias.

"Apesar das ameaças dos grupos extremistas contra os fiéis, o dispositivo de segurança funcionou bem", disse o secretário de Estado para a Segurança Nacional, Shiruan al-Qaili, que visitou Kerbala com o ministro do Interior, Jawad Al Bolani. Em Najaf (150 km ao sul de Bagdá), onde está sepultado Ali, genro de Maomé, venerado pelos xiitas, foram mobilizados 26.000 oficiais das forças de segurança.

Em março de 2004, durante a Ashura, atentados quase simultâneos mataram 170 pessoas e feriram 465 em uma mesquita xiita de Bagdá e em Kerbala.

Apesar de todas as medidas de segurança adotadas, neste domingo a violência afetou o norte do Iraque: cinco peregrinos xiitas morreram e 27 ficaram feridos em um atentado contra uma procissão. A explosão aconteceu às 9h locais em Tuz Jurmatu, cidade turcomana que fica 175 km ao norte de Bagdá. Desde terça-feira, 32 pessoas morreram e 164 foram feridas em ataques contra cortejos de preparação da Ashura. A explosão de uma bomba na cidade antiga de Kerbala matou uma pessoa e deixou 20 feridos na quinta-feira.


Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/mundo/conteudo.asp?ID=245814

21 dezembro 2009

Quando estamos cansados

Hoje estava dando sequencia a leitura da palavra, e comecei a ler Isaías 40; os versículos que mais falaram comigo foram do 29-31.

Eis:
29 Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
30 Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão;
31 Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.

Na linguagem de hoje fala mais claro ainda:

29 Aos cansados ele dá novas forças e enche de energia os fracos. 30 Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; 31 mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam.

Todos passamos por momentos em que não entendemos o que está acontecendo. Trabalhamos duro e não vemos diferencial, realizações não ocorrem tão fácil. Uma vida monótona, trabalho, casa. Trabalho, escola, faculdade, casa. É tão cansativo.

A palavra ainda fala que os jovens se cansam. Quantos de nós estamos cansados com as circunstâncias em que vivemos, parece que lutamos e nada acontece.

Mas a palavra vem e fala que, os que confiam no Senhor tem as forças renovadas, e voam como águias!!! Quão lindo é poder imaginar isso acontecendo em nossas vidas; quão maravilhoso é ver isso se tornando realidade.

Eu quero voar como águia! Quando na vida tudo parecer contrário, tudo te leva a crer que você está no fim do túnel; lembre que, Ele é fiel e justo, não mente, e sua misericórdia dura para sempre. Nós passamos, é verdade; passamos como um pequeno pensamento, mas, Ele é eterno.

17 dezembro 2009

Vamos mudar?!

Quem não gostaria de ter uma vida diferente?

A vida do vizinho parece ser bem mais interessante que a nossa não é mesmo? Digo, um vizinho que parece ter uma vida estável, pelo menos!!

Estamos sempre insatisfeitos, mesmo tudo correndo bem, é simplesmente algo incompreensível; quando estamos super ocupados, queremos ficar sem fazer nada, e, quando estamos fazendo nada, gostaríamos de estar ocupados com algo que nem sabemos o quê, mas gostaríamos de o estar fazendo.

Uma sensação de incômodo e até mesmo insegurança. Na verdade não reconhecemos muitas vezes tudo de bom que acontece em nossas vidas. A vida se tornou cada vez mais estressante, não paramos, é sempre trabalho, escola, faculdade, não tiramos um tempo só para nós mesmos, e isso é muito importante. Um ponto de equilíbrio, de meditação no que nos tornamos, no que seremos daqui até mesmo alguns meses.

Não temos tempo para lembrar que existe um Deus, todo poderoso que nos criou, e que está aí, presente só esperando o seu pedido de socorro, a sua decisão de crer n’Ele, e de se entregar por completo.

Pode parecer, mas não deveria ser assim. Tentamos resolver as coisas do nosso jeito e quando não temos mais alternativa é que nos lembramos de Deus, sendo que deveria ser o contrário.

Vamos fazer algo diferente hoje! Vamos colocar o nosso Deus em primeiro lugar; Ele é fiel e justo, não nos desamparará nunca, n’Ele podemos confiar.

08 dezembro 2009

Isaías 25

Esse texto falou muito ao meu coração hoje, e quis compartilhar com todos.

Boa leitura.


1 Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti, e louvarei o teu nome; porque fizeste maravilhas, os teus conselhos antigos, em fidelidade e em verdade. 2 Porque da cidade fizeste um montão, e da cidade fortificada uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade; e ela jamais se tornará a edificar. 3 Pelo que te glorificará um povo poderoso; e a cidade das nações formidáveis te temerá: 4 Porque tens sido a fortaleza do pobre, a fortaleza do necessitado na sua angústia, refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor, pois o assopro dos violentos é como a tempestade contra o muro. 5 Como o calor em lugar seco, tu abaterás o tumulto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim acabará o cântico dos violentos. 6 E o Senhor dos exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, banquete de vinhos puros, de coisas gordurosas feitas de tutanos, e de vinhos puros, bem purificados. 7 E destruirá neste monte a coberta que cobre todos os povos, e o véu que está posto sobre todas as nações. 8 Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse. 9 E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos. 10 Porque a mão do Senhor repousará neste monte; e Moabe será trilhado no seu lugar, assim como se trilha a palha na água do monturo. 11 E estenderá as suas mãos no meio disso, assim como as estende o nadador para nadar; mas o Senhor abaterá a sua altivez juntamente com a perícia das suas mãos. 12 E abaixará as altas fortalezas dos teus muros; abatê-las-á e derrubá-las-á por terra até o pó.

06 dezembro 2009

É verdade que Deus me ama?

Leia: João 3.16-21

É difícil imaginar um julgamento em que o juiz sentencia o réu à pena de morte e, em seguida, se oferece para cumprir a penalidade no lugar dele. Isso se choca com o nosso senso de justiça. Pois foi exatamente isso que Deus fez a favor dos pecadores, por intermédio do seu Filho, Jesus. O Inocente tomou o lugar de todos os culpados e os libertou!

É também difícil imaginar que isso tenha acontecido conosco. Será possível que Deus nos ama tanto assim? Afinal de contas, sabemos que não vivemos de modo perfeito, que, muitas vezes, temos um coração desobediente. Talvez, algum de nós tenha até cometido algum tipo de crime! Duvidamos que Deus possa nos amar, sendo o que somos.

Mas, é Jesus mesmo quem diz: "Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."

Ninguém consegue compreender o coração de Deus, mas se o Filho de Deus diz que seu Pai ama o mundo que Ele criou, e você faz parte desse mundo, então, não há o que discutir! O amor infinito de Deus estende-se até mesmo ao maior dos pecadores, dando-lhe o perdão, quando existe um coração realmente arrependido. "Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei." (João 6.37)

Pense: Se a despeito dos nossos pecados Deus nos ama, por que não conseguimos amar aqueles que nos ofendem?

Ore: Senhor, somos indignos do teu amor, mas nos amaste a despeito de nossos pecados! Agradecemos a tua graça e a tua compaixão por nós. Por amor de Cristo, amém.

Cada Dia
www.lpc.org.br

Extraido do site: www.lagoinha.com

25 novembro 2009

Situações que passamos

Existem fatos irreversíveis, pelos quais todos nós passamos.
Perder alguém querido é um desses.
Ás vezes nos perguntamos, o porquê das coisas, o porque disso.
O fato é que não nascemos para morrer.
Mas Deus nos consola quando isso acontece, o consolados habita em nós, basta o convidarmos a entrar em nossas vidas.

Para todos os que perderam alguém importante em sua vida, lembre-se.
Existe um lugar preparado para aqueles que fizeram a vontade do Pai, descansar.

Gosto muito desse música, e ela fala muito a esse respeito.
Para ser consolado, invoque aquele que nos ama, invoque ao Senhor!

***

O lado da vida
Ana Paula Valadão
Composição: Ana Paula Valadão Bessa


Existe um lugar nos meus sonhos
De onde ninguém partiu
Me pego as vezes lembrando
De como ele sorria, o que ela faria
Se ainda estivessem aqui
Desse lado da vida

Saudade, a vida fica um tanto vazia!
E ninguém vai preencher esse lugar no meu coração

Eu queria, ah, como eu queria
Que ninguém fosse embora daqui
Desse lado da vida

Parei de perguntar porque
Parei de debater com Deus
Esperança de ver meus amados
Me deu Ele é Deus, Ele é Deus

Saudade, a vida fica um tanto vazia!
E ninguém vai preencher esse lugar no meu coração

Mas um dia, oh, lindo dia
Acordar de manhã e lhe ver
e abraçar, e abraçar
Passear de mãos dadas
do outro lado da vida

07 novembro 2009

Os "Ismos" Religiosos

Autor : Prof. João Flávio Martinez Publicado

A busca do saber por parte do homem é conhecida teoricamente por Filosofia, de phílos, "amigo", "amante", e sophía, "conhecimento, saber", formado do adjetivo e substantivo gr. philósophos, "que ama o saber", "amigo do conhecimento".

A filosofia, segundo a tradição que remonta a Aristóteles, começa historicamente no século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor, entretanto, sabemos que o ser humano começou a filosofar desde que intentou no seu coração afastar-se de Deus (Gênesis 3.1-7). Infelizmente, o pensamento humano, no intuito de descobrir ou redescobrir sua natureza, origem e razão de ser, tem criado os "ísmos" que na realidade afastam cada vez mais a criatura do seu Criador.

A pregação apostólica combate ferrenhamente a filosofia (I Coríntios 1.22; Colossenses 2.8; I Timóteo 6.20) ou sabedoria dos gregos e ensina que a verdadeira sabedoria vem do alto, de Deus e nunca de esforços humanos: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida." (Tiago 1.5)

Reunimos aqui as escolas de pensamento filosófico mais conhecidas, e as suas falsas filosofias, no intuito de mostrar ao leitor uma síntese do esforço inútil do homem através dos séculos no propósito de adquirir a sua própria salvação ou redenção. O mais importante é que essas escolas de pensamento fornecem às falsas religiões e seitas o material necessário à sua pregação. Há vestígios de uma ou mais filosofias seculares no contexto doutrinário de cada religião ou seita falsa em detrimento das verdades divinas registradas na Palavra de Deus. Um exame cuidadoso e sincero mostrará isso.

Agnosticismo - O vocábulo ing. agnosticism foi forjado em 1869 por Thomas H. Huxley, calcado, por oposição ao gnosticismo, no adjetivo gr. ágnõstos, "ignorante, incogniscível". Filosofia naturalista e afeita às coisas e relações da ciência experimental.

"É o sistema que ensina que não sabemos, nem podemos saber se Deus existe ou não. Dizem: a mente finita não pode alcançar o infinito. Ora, não podemos abarcar a terra, mas podemos tocá-la! (I João 1.1). A frase predileta do Agnosticismo é: "Não podemos crer". Um resumo de seu ensino é o seguinte: o ateísmo é absurdo, porque ninguém pode provar que Deus não existe. O teísmo não é menos absurdo, porque ninguém pode provar que Deus existe. Não podemos crer sem provas evidentes. Mentores do Agnostícismo: Huxley, Spencer e outros. Estão todos puramente enganados, porque Deus é facilmente compreensível pela alma sequiosa, honesta e constante. Ler Romanos 1 .2O". (Introdução à Heresiologia)

Animismo - Uma das características do pensamento primitivo, que consiste em atribuir a todos os seres da natureza uma ou várias almas. Segundo Edward Burnett Tylor (1832-1917) é também toda a doutrina de índole espiritualista, em oposição ao materialismo. Essa teoria considera a alma como a causa primária de todos os fatos.

Ascetismo - Teoria e prática da abstinência e da mortificação dos sentidos. Tem como objetivo assegurar a perfeição espiritual, submetendo o corpo à alma. Há ainda o ascetismo natural (busca da perfeição por motivos independentes das relações do homem com Deus) que foi praticado pela escola pitagórica. É muito praticado pelas religiões e seitas orientais.

Ateísmo - Teoria que nega a existência de um Deus pessoal. Desde a Renascença, o termo passou a indicar a atitude de quem não admite a existência de uma divindade. Chamam-se ateus os que não admitem a existência de um ser Absoluto, dotado de individualidade e personalidade reais, livre e inteligente.

Ceticismo - Se caracteriza por uma atitude antidogmática de indagação, que torne evidente a inconsistência de qualquer posição, definindo como única posição justa a abstenção de aceitá-las. Foi fundada por Pirro, filósofo grego em 360 a.C. Ensina que visto que só as sensações, instáveis ou ilusórias, podem ser a base dos nossos juízos sobre a realidade, deve-se praticar o repouso mental em que há insensibilidade e em que nada se afirma ou se nega, de modo a atingir a felicidade pelo equilíbrio e a tranqüilidade. Tais pessoas não vivem, vegetam...

Deísmo - O deísmo distingue-se radicalmente do teísmo. Para o teísmo, Deus é o autor do mundo, entidade pessoal revelada aos homem, dramaticamente, na história. Para o deísmo, Deus é o princípio ou causa do mundo, infuso ou difuso na natureza, como o arquiteto do universo.

Elaborado dentro do contexto da chamada religião natural, cujos dogmas são demonstrados pela razão, o conceito deísta de Deus pode confundir-se com o conceito de uma lei, no sentido racional-natural do termo. Trata-se do Deus de todas as religiões e seu conceito não está associado às idéias de pecado e redenção, providência, perdão ou graça, considerados "irracionais". É antes um Deus da natureza do que um Deus da humanidade e, como um eterno geômetra, mantém o universo em funcionamento, como se fosse um relógio de precisão. (History of Engiish thought in the eighteenth century)

O deísmo surgiu dentro do contexto dos primórdios do racionalismo sob a influência de Locke e Newton. Voltaire, um dos maiores contestadores da Bíblia dos últimos tempos, era deísta.

Dualismo - Em sentido técnico rigoroso, dualismo significa a doutrina ou o sistema filosófico que admite a existência de duas substâncias, de dois princípios ou de duas realidades como explicação possível do mundo e da vida, mas irredutíveis entre si, inconciliáveis, incapazes de síntese final ou de subordinação de um ao outro. No sentido religioso são também dualistas as religiões ou doutrinas que admitem duas divindades sendo uma positiva, princípio do bem, e outra, sua oposta, destruidora, negativa, princípio do mal operando na natureza e no homem. (The revolt against duelism; an inquiry concerning the existence of ideas).
Descartes (1596-1650) é quem estabelece essa doutrina no campo da filosofia moderna.Ecletismo - Sistema filosófico que procura conciliar teses de sistemas diversos conforme critérios de verdade determinados. Procura aproveitar o que há de melhor de todos os sistemas. No século XIX o ecletismo espiritualista, que se preocupava com o uso do método introspectivo, deu origem ao chamado espiritualismo contemporâneo.

Empirismo - Posição filosófica segundo a qual todo o conhecimento humano resultaria da experiência (sensações exteriores ou interiores) e não da razão ou do intelecto. Afirma que o único critério de verdade consistiria na experiência. É essa a teoria do "ver para crer".

Epicurismo - Nome que recebe a escola filosófica grega fundada por Epícuro (341-270 a.C.). Afirma o princípio do prazer como valor supremo e finalidade do homem, e prescreve: 1) aceitar todo prazer que não produza dor; 2) evitar toda dor que não produza prazer; 3) evitar o prazer que impeça um prazer ainda maior, ou que produza uma dor maior do que este prazer; 4) suportar a dor que afaste uma dor ainda maior ou assegure um prazer maior ainda. Por prazer entende a satisfação do espírito, proveniente de corpo e alma sãos, e nunca de Deus. Buscar prazer e satisfação apenas na saúde ou no intelecto é não ter desejo de encontrar a verdadeira fonte da felicidade.

Esoterismo - Sistema filosófico religioso oculto. Doutrina secreta só comunicada aos iniciados. O esoterismo é ocultista e caracteriza-se pelo estudo sistemático dos símbolos. Há simbologia em tudo o que existe e no estudo dessa simbologia o homem poderá compreender as razões fundamentais de sua existência. Vem a ser uma ramificação do Espiritismo.

Espiritualismo - Denominação genérica de doutrinas filosóficas segundo as quais o espírito é o centro de todas as atividades humanas, seja este entendido por substância psíquica, pensamento puro, consciência universal, ou vontade absoluta. O espírito é a realidade primordial, o bem supremo.

O Espiritualismo é dualista, pluralista, teísta, panteísta e agnóstico. E o espiritismo com um nome mais sofisticado. E doutrina de demônios. Aceita a reencarnação e a evolução do espírito.

Estoicismo — Escola filosófica grega fundada por Zenão de Cítio (334-262 a.C.), sua doutrina e a de seus seguidores. O nome deriva do gr. stoa (portada) porque Zenão ensinava no pórtico de Pecilo em Atenas. O estoicismo afirma que a sabedoria e a felicidade derivam da virtude. Essa consiste em viver conforme a razão, submetendo-se às leis do universo, a fim de obter-se a imperturbabilidade de espírito (ataraxia). E uma forma de panteísmo empirista que pretende tornar o homem insensível aos males físicos pela obediência irrestrita às leis do universo.

Evolucionismo - O Evolucionismo é uma filosofia científica que ensina que o cosmos desenvolveu-se por si mesmo, do nada, bem como o homem e os animais que existem por desenvolvimento do imperfeito até chegar ao presente estado avançado. Tudo por meio de suas próprias forças. É preciso mais fé para crer nas hipóteses da Evolução do que para crer nos ensinos da Bíblia, isto é, que foi Deus que criou todas as coisas. Gênesis 1.1; 1.21,24, 25 (Introdução a Heresiologia).

Gnosticismo - Do verbo gr. gnõstikós "capaz de conhecer, conhecedor". Significa, em tese, o conhecimento místico dos segredos divinos por via de uma revelação. Esse conhecimento compreende uma sabedoria sobrenatural capaz de levar os indivíduos a um entendimento completo e verdadeiro do universo e, dessa forma, à sua salvação do mundo mau da matéria. Opõe-se radicalmente ao mundo e ensina a mortificação do corpo e a rejeição de todo prazer físico. É panteísta e, segundo a tradição, (Atos 8.9-24) deve-se a Simão Mago com o qual o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria a sua difusão no meio cristao (Apologia).

Humanismo - É a filosofia que busca separar o homem e todo o seu relacionamento, da idéia de Deus. O homem, nessa filosofia, é o centro de todas as coisas, o centro do universo e da preocupação filosófica. O seu surto se verificou no fim do século XIV. Marx é o fundador do humanismo comunista.

Liberalismo - É liberdade mental sem reservas. Esse sistema afirma que o homem em si mesmo é bom, puro e justo. Não há um inferno literal. O nosso futuro é incerto, a Bíblia é falível e Deus é um Pai universal, de todos, logo, por criação somos todos seus filhos, tendo nossa felicidade garantida.

Materialismo - Afirma que a filosofia deve explicar os fenômenos não por meio de mitos religiosos, mas pela observação da própria realidade. Ensina que a matéria, incriada e indestrutível, é a substância de que todas as coisas se compõem e à qual todas se reduzem e que a geração e a corrupção das coisas obedecem a uma necessidade não sobrenatural, mas natural, não ao "destino", mas a leis físicas. Segundo essa filosofia, a alma faz parte da natureza e obedece às mesmas leis que regem seu movimento e o homem é matéria, como todas as demais coisas.

Monismo - Os sistemas monistas são variados e contraditórios, entretanto têm uma nota comum: é a redução de todas as coisas e de todos os princípios à unidade.

A substância, as leis lógicas ou físicas e as bases do comportamento se reduzem a um princípio fundamental, único ou unitário, que tudo explica e tudo contém. Esse princípio pode ser chamado de "deus", "natureza", "cosmos", "éter" ou qualquer outro nome.

Panteísmo - Do gr. pas, pan, "tudo, todas as coisas" e théos, "deus". Como o próprio nome sugere, é a doutrina segundo a qual Deus e o mundo formam uma unidade; são a mesma coisa, constituindo-se num todo indivisível. Deus não é transcendente ao mundo, dele não se distingue nem se separa; pelo contrário, lhe é imanente, confunde-se com ele, dissolve-se nele, manifesta-se nele e nele se realiza como uma só realidade total, substancial (Spinoza et le panthéisme religieux).

Pietismo - Teve início no século XVIII através da obra de Philipp Spener e August Francke. E uma teoria do protestantismo liberal que dá ênfase à correção doutrinária sem deixar lugar para a experiência da fé. Interpreta as doutrinas do Cristianismo apenas à luz da experiência sentimental de cada indivíduo.

Pluralismo - Não é bem uma Escola de Pensamento, mas uma doutrina que aceita a existência de vários mundos ou planos habitados, oferecendo um âmbito universal para a evolução do espírito. Naturalmente, para cada &quoO positivismo religioso ensina que nada há de sobrenatural ou transcendente. Suas crenças são todas baseadas na ciência, com culto, templos e práticas litúrgicas. É o culto às coisas criadas em lugar do Criador (Romanos 1.25).

Racionalismo - A expressão racionalismo deriva do substantivo razão e, como indica o próprio termo, é a filosofia que sustenta a primazia da razão, da capacidade de pensar. Considera a razão como a essência do real, tanto natural quanto histórico. Ensina que não se pode crer naquilo que a razão desconhece ou não pode esquadrinhar.

Unitarismo - Fundado na Itália por Lélio e Fausto Socino. Segue a linha racionalista de Erasmo de Rotterdan. Filosofia religiosa que nega a Divindade de Jesus Cristo, embora o venere. É uma filosofia criada dentro do protestantismo que afirma dentre outras coisas, a salvação de todos. Não crê em toda a Bíblia, no pecado nem na Trindade. Semelhante ao Universalismo.

Universalismo - Pensamento religioso da Idade Média que estendia a salvação ou redenção a todo gênero humano. É, talvez, o precursor do movimento ecumênico moderno. O centro da história é o povo judeu, por sua aliança com Deus e depois, a Igreja cristã. Afirma que a redenção é universalmente imposta a todas as criaturas...

* extraido do livro "Religiões, Seitas e Heresias" - J. Cabral - Universal - Universal Produções.

Fonte: www.cacp.org.br

22 outubro 2009

Fé ou Sinais

“Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, más nos pregamos a Cristo crucificado.” (I Co 1: 22,23).

A maioria de nós cristãos, freqüentemente questiona nossa situação na obra de Deus, ficamos desanimados, pensando que pouco temos a oferecer. A desculpa da falta de talento ou capacidade de realizar está sempre em nossos lábios.

Na verdade, nos subestimamos e acabamos por interromper a obra de Deus em nossas vidas. Sendo ignorantes no tocante à vontade de Deus, atrapalhamos sua obra, desmerecendo a nós mesmos.

Ignoramos o agir de Deus em nossas vidas. É essa ignorância que não nos deixa enxergar com os olhos da fé, não nos deixa ver com os olhos de Deus. Não confiamos nas suas promessas e ignoramos seu poder ao deixarmos de lado os talentos que ele nos deu.

Quantas vezes estamos no limite, e o Senhor não nos responde. Isso tudo não passa de um desafio para a nossa fé. Um desafio para as nossas ansiedades e angústias. Um duelo entre o nosso eu e a vontade de Deus. Um desafio entre fé e incredulidade.

Ele sabe de nossos limites, e quer nos ajudar a rompê-los. Muitos de nos ainda não tem uma fé genuína, mas uma fé limitada pelas situações, acreditando que Deus só opera em coisas impossíveis.

Outros limitam o seu poder por acharem que há coisas que ninguém mais pode dar jeito. Há aqueles que limitam e há os que simplesmente não crêem. Por isso existem desafios a nossa fé, por causa da incredulidade.

Na maioria das vezes somos reprovados por Deus por causa dessas dúvidas. Pensar como homem acaba atrasando nossas vitórias. Devemos crer sem duvidar, não nos esquecendo que, embora nossa força seja pequena, o nosso Deus é Deus grande.

Os crentes deste século foram os que mais limitaram o poder de Deus em suas vidas! É irônico que, quanto mais acessível à Palavra de Deus fica para os homens, mais fracos espiritualmente nos tornamos!

Antes não tínhamos TV, internet, radio e outros meios de comunicação, e a Palavra de Deus se espalhava. Havia violenta perseguição religiosa, e os crentes não recuavam. Não havia tanta teologia como hoje, mas sobrava sabedoria e bom testemunho! O que está havendo?

As dificuldades e temores da vida atual estão fazendo os crentes recuar. O que antes nos fazia avançar, hoje nos detém. Crentes que são amantes de si mesmos, escravos das facilidades, egoístas e egocêntricos. É o nosso ego que nos tem separado de Cristo.

Vivemos tempos de ignorância, tempos de hipocrisia, porém, Deus no seu amor de não desiste de nós. Jesus não vai deixar de nos desafiar a crer! Ele vai de todas as formas nos ensinar a ouvir com Seus ouvidos, falar com Sua boca e, principalmente, ver com Seus olhos.

Olhos que vêem o impossível, olhos que crêem, olhos que fazem a diferença! Devemos renegar nossas vontades e opiniões. Temos corações enganosos, que agem segundo a aparência e ignoram a vontade de Deus. Temos de mortificar nossos desejos e colocar a vontade de Deus em primeiro lugar.

Deus nos desafia a romper limites confiando plenamente n’Ele. Em seus sinais, Jesus instava aos homens que cressem, que rompessem os limites de sua própria fé. Ou agimos como filhos de Deus, ou agimos como homens segundo a carne.

O novo nascimento nos liberta de nossa natureza pecaminosa e nos coloca a natureza de Deus. Não existem barreiras, limites e temores aos que verdadeiramente crêem e confiam na operação do Deus Vivo.

Seremos ilimitados à medida que somos transformados pelo espírito de Deus, nascendo de novo todos os dias, mortificando o nosso ego, nos apropriando da natureza divina. Deus quer que façamos sinais, mas onde está a fé para fazermos tais sinais?

Nossa fé está limitada nossos aos olhos, estamos deixando de exercer a esperança nos atendo às dificuldades desta vida. A fé não precisa de sinais, não precisa de fatos.

Devemos depender de Deus em todos os sentidos, espiritual, emocional e material. Essa dependência rompe nossos limites, nos torna ousados. É como um filho que está acompanhado de seu pai. Ele sente segurança na presença dele.

Assim somos nós, sentimos segurança na presença de Deus. Segurança para falar, agir, planejar e seguir em frente. Sentimos segurança, pois sabemos que Ele está no controle de tudo.

Estando Ele no controle, vemos possibilidade em tudo. Não há nada que nos intimide, nem situação que nos amedronte. Paramos de enxergar apenas impossibilidades, defeitos e obstáculos e passamos a ver o agir de Deus em todas as situações.

Falhamos por ainda termos uma fé baseada em sinais, falhamos ao estarmos atentos a sinais que nada dizem e provocamos a ira de Deus. Se continuarmos a esperar por sinais, corremos sério risco de destruir a nossa fé.

Os Milagres de Jesus sempre aconteciam onde Ele encontrava fé, não eram os sinais que operavam a fé, mas a fé operava através dos sinais. Quando temos a convicção de que Deus esta no controle e quer o melhor para nós, fica mais fácil deixar as nossas necessidades em Suas mãos.

Que Deus nos discipline com sua vontade e nos faça vencedores, cumpridores de sua obra, usando nossas fraquezas para fazer o impossível.

* Araripe Gurgel - Igreja da Trindade.


Autor : Matéria extraída de uma ou mais obras literárias.


Este artigo é um trabalho compilado.

Extraído do site: www.cacp.org.br

05 outubro 2009

Porque vc não quer mais ir na igreja

Li esse trecho e achei muito interessante e gostaria de compartilhar com vc's.





Por que você
não quer mais ir
à igreja?



Wayne Jacobsen
e Dave Coleman





Aos bem-aventurados – aqueles que hoje e
ao longo de toda a história são insultados,
excluídos e perseguidos simplesmente por seguirem
o Cordeiro para além das normas aceitas
pela tradição e a cultura.


(MATEUS 5:11)



1


Estranho, muito estranho

Naquele momento ele era a última pessoa que eu gostaria de ver.
Meu dia já tinha sido suficientemente ruim e agora com certeza ia
ficar pior.

Mas lá estava ele. Um pouco antes entrara no refeitório, indo direto à
geladeira para pegar um suco de frutas. Pensei em me esconder debaixo
da mesa, mas logo me dei conta de que estava velho demais para isso.
Talvez ele não me visse naquele canto nos fundos. Olhei para baixo e
escondi o rosto com as mãos.

Pelas frestas dos dedos pude ver que ele se virou, recostou-se no balcão
e ficou bebendo seu suco enquanto examinava o salão. Aí, ao perceber
que não estava só, olhou para mim e, demonstrando surpresa,
partiu em minha direção. Por que aqui? Por que logo esta noite?

Tinha sido de longe o pior dia de uma batalha longa e atormentada.
Desde as três da tarde, quando a asma fizera a primeira tentativa de
sufocar Andrea, nossa filha de 12 anos, estávamos em vigília, lutando
por sua vida. Corremos logo com ela para o hospital, acompanhando,



10 • Por que você não quer mais ir à igreja?

angustiados, seu esforço para respirar, e ficamos assistindo à luta dos
médicos e enfermeiras contra a doença.

Admito que não sei lidar bem com isso, apesar de toda a prática que
tenho acumulado. Minha mulher e eu vimos testemunhando o sofrimento
de nossa filha desde seu nascimento, sem saber quando uma
crise súbita, com risco de morte, poderá nos mandar às pressas para o
hospital. Vê-la sofrer me deixa com muita raiva. Por mais que nós e
tantas outras pessoas rezemos por ela, a asma só piora.

Finalmente a medicação fez efeito e ela começou a respirar melhor.
Minha mulher foi para casa tentar dormir um pouco e tranqüilizar
seus pais, que tinham ficado com nossa outra filha. Eu passei a noite ao
lado de Andrea. Quando ela afinal adormeceu, vim até o refeitório em
busca de algo para beber e de um lugar tranqüilo para ler. Estava me
sentindo elétrico demais para dormir.

Aliviado por encontrar o lugar deserto, pedi uma xícara de café e me
sentei nas sombras de um canto mais afastado. Estava tão revoltado que
mal conseguia pensar direito. O que foi que eu fiz de tão errado para
minha filha precisar sofrer tanto? Por que Deus ignora meus pedidos
desesperados para que ela fique curada? Alguns pais se queixam de ter
que bancar o motorista para os filhos. Mas eu sequer sei se Andrea vai
sobreviver ao próximo ataque de asma e me preocupa pensar que os
esteróides com que ela vem sendo tratada acabem retardando seu
crescimento.

E agora, bem no meio dessa raiva em que eu me deixava afundar, ele
vinha se intrometer no meu santuário privativo. Enquanto caminhava
em direção à minha mesa, eu sinceramente cheguei a pensar em lhe dar
um murro na boca caso ele ousasse abri-la. Mas no fundo eu sabia que
não era capaz de fazer isso. Minha violência é só interna, não se mostra
do lado de fora, onde possa ser vista.

Jamais conheci alguém mais decepcionante do que o João. Fiquei excitadíssimo
na primeira vez em que nos encontramos, porque achei que
nunca tinha encontrado alguém mais sábio. Mas ele só me causou aborrecimentos.
Desde que surgiu na minha vida, perdi o emprego com que
sonhara durante tantos anos, fui afastado da igreja que tinha ajudado a



Estranho, muito estranho • 11

fundar havia 15 anos e até meu casamento entrou numa turbulência
que nunca acontecera antes.

Para que se entenda quanto me sinto frustrado, será preciso retroceder
até o dia em que vi João pela primeira vez. Por mais incrível que
tenha sido o começo, não se compara a tudo o que veio depois.

Minha mulher e eu comemoramos nosso décimo sétimo aniversário
de casamento com uma viagem de três dias à praia de Prismo, no litoral
da Califórnia. Ao voltarmos para casa no sábado, paramos em San
Luis Obispo para almoçar e fazer umas compras. O centro comercial
todo restaurado é o principal atrativo da região, e naquele dia ensolarado
de abril as ruas estavam apinhadas de gente.

Depois do almoço, cada qual foi para um lado. Eu fui dar uma olhada
nas livrarias enquanto minha mulher percorria as lojas de roupas e presentes.
Como terminei meu passeio mais cedo, sentei-me na mureta de
uma loja para saborear um sorvete de chocolate.

Não pude deixar de observar uma discussão acalorada que ocorria
um pouco mais acima na rua. Quatro estudantes universitários e dois
homens de meia-idade distribuíam panfletos azuis brilhantes e gesti culavam
ferozmente. Eu tinha visto aqueles panfletos antes, enfiados
nas palhetas dos limpadores de pára-brisas dos carros e espalhados pelo
meio-fio. Eram convites para uma peça sobre o fogo do inferno que estava
sendo apresentada numa igreja local.

– Quem vai querer ir a uma produção de segunda categoria como essa?
– Nunca mais ponho os pés numa igreja!
– A única coisa que aprendi na igreja foi a me sentir culpado!
– Freqüentei durante muito tempo a igreja, saí cheio de cicatrizes e
nunca mais volto lá!
Era uma verdadeira competição para ver quem ia acrescentar o próprio
veneno.

– De onde é que aquela gente arrogante tira a idéia de que pode me
julgar?


12 • Por que você não quer mais ir à igreja?

– Eu queria saber o que Jesus acharia se entrasse numa dessas igrejas
hoje!
– Acho que não entraria.
– E, se entrasse, provavelmente dormiria entediado.
Gargalhadas soaram mais alto.
– Ou talvez morresse de rir.
– Ou de chorar – sugeriu outra voz, fazendo todo mundo parar e
refletir por um momento.
– Será que ele usaria terno?
– Só se fosse para esconder o chicote com que haveria de fazer uma
bela faxina.
O volume crescente da discussão chamava a atenção das pessoas, que
retardavam o passo para ouvir – umas, perplexas com os ataques a algo
sagrado como a religião, outras tentando dar a própria opinião.

A discussão atingiu o auge quando um dos recém-chegados pôs-se
a defender a Igreja. As acusações e queixas se intensificaram. Recla ma
ções sobre sedes e construções suntuosas, sermões hipócritas, ma çantes,
sempre pedindo dinheiro, e o tédio de tantas reuniões. Os que
procuravam defender a Igreja viam-se forçados a admitir alguns desses
pontos fracos, mas tentavam destacar muitas realizações positivas
das igrejas.

Foi então que eu o vi. Devia estar na faixa entre 30 e muitos e 50 e
poucos anos, difícil dizer. Era baixo, de cabelos pretos ondulados e barba
desgrenhada salpicados de fios acinzentados. Vestia uma blusa verde de
mangas compridas, calças jeans e tênis, e sua apa rência firme e decidida
fez com que eu me perguntasse se não teria sido um daqueles líderes
contestadores dos anos 1960.

Na verdade, o que mais atraiu meu olhar foi sua fisionomia grave e o
jeito determinado com que se encaminhou diretamente para o centro
do debate. Ele pareceu se fundir à multidão, para logo emergir bem no
meio dela, encarando os participantes mais ferozes. Quando seus olhos
se voltaram em minha direção, fui capturado pela intensidade deles.
Eram profundos – e vivos! Fiquei como que hipnotizado. O homem
parecia saber o que ninguém mais sabia.



Estranho, muito estranho • 13

A essa altura a discussão se tornara hostil. Os que atacavam a Igreja
voltavam sua raiva contra Jesus, chamando-o de impostor. Como já era
de imaginar, isso deixou os defensores ainda mais furiosos.

– Espere até ter que encará-lo quando estiver ardendo no fogo do
inferno – alguém vociferou.
Quando eu pensei que a confusão iria descambar para o corpo-acorpo,
o estranho lançou uma pergunta à multidão.

– Vocês realmente não fazem a menor idéia de como era Jesus. Fazem?
As palavras fluíram de seus lábios com a suavidade da brisa que
balançava as árvores acima de nossas cabeças, em franco contraste com
a discussão acalorada que o rodeava. Mas, apesar da doçura com que
essas palavras foram pronunciadas, seu impacto não se perdeu na multidão.
O clamor ruidoso rapidamente se abrandou, enquanto rostos
tensos davam lugar a expressões intrigadas. Quem disse isso? era a pergunta
muda que se podia perceber nas fisionomias surpresas.

Eu ri comigo mesmo, porque ninguém estava enxergando o homem
que acabara de falar. Ele era tão baixo que facilmente poderia passar
despercebido. E, no entanto, intrigado com seu comportamento, eu tinha
passado os últimos minutos observando-o.

Enquanto as pessoas olhavam em volta, ele repetiu a pergunta, quebrando
o perplexo silêncio.

– Vocês fazem idéia de como Jesus era?
Nesse instante todos os olhares se curvaram na direção da voz e se
surpreenderam ao ver o homem que falara.

– O que é que você sabe sobre isso, coroa? – um homem finalmente
perguntou, a zombaria respingando de cada palavra.
O olhar de censura da multidão deixou o homem desconcertado. Ele
riu sem graça e desviou os olhos, até que a atenção de todos retornou
ao estranho. Mas este não parecia ter nenhuma pressa para falar. O
silêncio ficou suspenso no ar, muito além do ponto de incômodo. Alguns
olhares e gestos nervosos manifestaram-se na multidão, mas ninguém
disse nada, e todos permaneceram onde estavam. Durante esse tempo o
estranho analisou a multidão, parando para focalizar cada pessoa por
um breve momento. Quando capturou meu olhar, tudo dentro de mim



14 • Por que você não quer mais ir à igreja?

pareceu se fundir. Desviei os olhos instantaneamente. Após alguns
segundos, olhei de volta, na esperança de que ele não estivesse mais
olhando na minha direção.

Depois do que pareceu um tempo insuportavelmente longo, ele falou
novamente. As primeiras palavras foram sussurradas diretamente para

o homem que havia ameaçado os demais com o inferno.
– Por que você disse isso?
Seu tom de voz era suave e triste, e as palavras soavam como um convite.
Não havia nelas o menor traço de ódio. Meio embaraçado, o homem
revirou os olhos, como se não estivesse entendendo a pergunta.

O estranho olhou em torno por algum tempo, depois começou a
falar, as palavras fluindo suavemente:

– Jesus não tinha nada de muito especial. Poderia andar por esta rua
hoje e nenhum de vocês sequer o notaria. Na realidade, talvez o evitassem,
pois certamente ele destoaria de todos. Mas foi o homem mais
gentil que já se conheceu. Era capaz de silenciar os detratores sem precisar
erguer a voz. Nunca intimidou ninguém, nunca chamou atenção
para ele mesmo nem fingiu gostar do que lhe fazia mal à alma. Era
autêntico até o âmago de seu ser. – Fez uma minúscula pausa. – E no
âmago daquele ser existia um imenso amor. – Nova pausa. – E como ele
amou! – Seus olhos se distanciaram da multidão, parecendo perscrutar
as profundezas do tempo e do espaço. – A humanidade só descobriu
o que era verdadeiramente o amor por intermédio dele. Mesmo os que
o odiavam. Mas ele não discriminava ninguém, pois esperava que, de
algum modo, pudesse fazer seus inimigos descobrirem que o amor é a
essência e a realização máxima do ser humano.
A multidão parecia paralisada ouvindo-o falar.

– Ninguém foi tão honesto quanto ele. Mesmo quando suas ações ou
palavras expunham os aspectos mais sombrios das pessoas, estas não se
sentiam envergonhadas. Ele lhes dava total segurança, pois suas palavras
não indicavam o menor sinal de julgamento, eram simplesmente
um chamado para a superação e o crescimento. Qualquer um podia
confiar-lhe seus mais íntimos segredos. Se algum de vocês tivesse que
escolher uma pessoa para ampará-lo em seu pior momento, gostaria


Estranho, muito estranho • 15

que fosse ele. Jesus não desperdiçava o tempo zombando dos outros,
nem de suas preferências religiosas. – Olhou fixamente para os que, um
momento antes, se atacavam. – Se tinha algo para dizer, ele dizia e
seguia seu caminho, deixando em você a certeza de ter sido intensamente
amado.

O homem se deteve, os olhos e a boca cerrados como se tentasse conter
as lágrimas. Depois prosseguiu:

– Não se trata de sentimentalismo barato. Ele amava, realmente amava.
Para ele não importava que fosse um fariseu ou uma prostituta, um discípulo
ou um mendigo cego, um judeu ou um não-judeu. O amor dele
estava disponível para qualquer um. A maioria o abraçava quando o
via. Os poucos que o seguiam experimentavam um frescor e uma
energia que nunca iriam esquecer. De alguma forma ele parecia saber
tudo a respeito deles e os amava incondicionalmente.
O homem fez uma pausa e observou a multidão. Atraídas por suas
palavras, umas 30 pessoas haviam parado para escutar, com o olhar fixo
e as bocas abertas de espanto. Seu depoimento era tão convincente que
ninguém poderia duvidar de sua força e autenticidade. As palavras brotavam
do mais profundo da alma daquele homem.

– E, mesmo pregado na cruz – os olhos do homem se voltaram para
as árvores que se erguiam acima de nós –, seu amor continuou se derramando
sobre todos, sem distinção. Ao se aproximar da morte, depois
de um grito em que expressava seu sentimento de abandono, ele entregou
sua vida ao Pai, para nos resgatar de nossos pecados. Não houve
momento mais belo em toda a história da humanidade. Seu flagelo se
tornou o instrumento para que sua vida fosse compartilhada conosco.
Não era um louco. Era o Filho do Deus amoroso que ele ma nifestou
durante toda a sua vida e até o último suspiro.
Quanto mais o homem falava, mais eu me deixava impressionar. Ele
discorria com a intimidade de alguém que tivesse convivido muito de
perto com Jesus. Lembro que na hora pensei assim: Este homem é exatamente
como eu descreveria o apóstolo João.

No momento em que esse pensamento me passou pela cabeça, o
homem se deteve no meio da frase. Virando-se para a direita, seus olhos



16 • Por que você não quer mais ir à igreja?

pareceram procurar alguma coisa na multidão e subitamente se cravaram
nos meus. Os pêlos da minha nuca se eriçaram, e calafrios percorreram
meu corpo. Ele sustentou meu olhar por um instante. Depois,
um breve mas claro sorriso abriu seus lábios enquanto ele piscava e
acenava com a cabeça para mim.

Pelo menos é assim que eu me lembro agora do que aconteceu.
Fiquei chocado na hora. Será que ele lê meus pensamentos? Mas que
tolice! Como é que ele poderia ser um apóstolo de 2 mil anos de idade? Isso
é simplesmente impossível.

Ninguém ao meu redor pareceu perceber sua piscadela e seu sorriso.
Eu estava atônito, era como se tivesse levado uma bolada na cabeça.
Uma corrente elétrica percorreu meu corpo enquanto minha
mente se enchia de interrogações. Eu tinha que saber mais a respeito
desse estranho.

A multidão aumentava à medida que mais e mais pessoas se aproximavam
tentando ver o que se passava ali. O estranho pareceu ficar in comodado
com o espetáculo em que aquilo estava se transformando.

– Se eu fosse vocês – ele disse, sorrindo para aqueles que haviam iniciado
a discussão –, perderia menos tempo falando mal da religião e
investiria mais para descobrir quanto Jesus deseja ser nosso amigo sem
impor qualquer condição. Ele vai cuidar de vocês e, se deixarem, se
tornará, de longe, seu maior amigo. Se o conhecerem melhor, vocês o
amarão mais do que a qualquer outra pessoa. Ele lhes dará um propósito,
um sentido de vida, que lhes permitirá superar todo estresse e
sofrimento e que os transformará profundamente. Quando isso acontecer,
vocês saberão o que são verdadeiramente a liberdade e a alegria.
Depois ele se virou e abriu caminho na multidão na direção oposta
àquela em que eu me encontrava. Sem saber como reagir, ninguém se
mexeu ou disse qualquer coisa por um instante.

Tentei vencer a multidão para poder falar pessoalmente com o homem.
Seria possível que ele fosse João, o discípulo querido de Jesus? Se não,
quem era? Como sabia das coisas de que falava com tamanha segurança?

Foi difícil atravessar aquela massa sem perder o homem de vista.
Resolvi chamá-lo de João. Consegui chegar ao outro lado bem a tempo



Estranho, muito estranho • 17

de vê-lo dobrar uma esquina. Dirigia-se a uma viela que ligava a área de
comércio a um estacionamento.

Ele se achava apenas uns 15 passos à minha frente quando entrou na
viela. Era um alívio saber que teria pelo menos uma chance de conversar
com ele, já que ninguém mais o seguia. Dobrei a esquina, preparando-
me para lhe pedir que parasse, mas, em vez disso, estaquei de
súbito, olhando a viela.

Estava vazia. Voltei, confuso. Será que ele havia de fato entrado ali?
Olhei em ambas as direções, mas não vi sua blusa verde. Eu tinha a certeza
de que ele viera por ali, mas era impossível ter coberto os 40 metros
da viela nos três segundos que eu levara para alcançá-la.

Meu coração disparou. Receando tê-lo perdido, saí correndo. Não
havia uma porta, nenhuma passagem por onde ele pudesse ter-se enfiado.
Por fim eu me vi no estacionamento olhando em todas as direções.
Nada. Nenhum sinal do estranho.

Confuso, corri de volta pela viela até a rua, rezando o tempo todo
para encontrá-lo. Procurei por toda parte sem sucesso. Ele sumira.
Fiquei no auge da frustração.

Finalmente me sentei num banco, meio desorientado. Massageei
minha testa crispada, tentando formar um pensamento coerente. As
idéias se atropelavam em minha cabeça. Quem era ele e o que lhe acontecera?
Suas palavras haviam me tocado profundamente, e a lembrança
dele piscando para mim ainda me causava arrepios.

Finalmente desisti de encontrá-lo e quis apagar da mente aquela
manhã como um daqueles acontecimentos inexplicáveis na vida.

Não sabia quanto estava enganado.

24 setembro 2009

Ilusão

Assim como disse Salomão em Eclesiástes, tudo é ilusão.

Devemos fazer uma intensa reflexão sobre o que é importante em nossas vidas.
As vezes damos valor a coisas tão banais. E, nos esquecemos do que realmente importa.

Ver o erro de alguém e apontá-lo é melhor que em silêncio tentar ajuda-lo?
Temos nos esquecido de fazer o que deveríamos exercer com naturalidade.
O que é a vida aqui na terra?
Será que 90 anos valem uma eternidade?
Nos sentir melhores que outros é tão superficial que ninguém admira essa atitude, nem mesmo quem a pratica.

Devemos parar de pensar em como está o nosso humbigo e começarmos a pensar em ajudar o próximo.

A vida valerá mais, e ficaremos mais felizes

08 agosto 2009

Um Chamado

Um Chamado
(Quatro Por Um)

Eu não vou parar, a estrada é muito longa vou continuar.
Mesmo em meio às lutas, eu não estou só e te sinto aqui.

A vida é mesmo assim, tantas aflições eu tenho que enfrentar
Mas o Senhor está sempre a me proteger te sinto aqui
Quando o vento sopra contra mim
Os problemas tentam me abater
Eu me lembro, o grande Eu Sou me enviou.

(Refrão)
Eu tenho um chamado jamais vou me calar
Eu tenho um chamado o evangelho anunciar
Eu fui escolhido no ventre da minha mãe
Eu sei que Deus não abre mão de mim não.

(2X)
Há muito pra fazer não há mais tempo pra olhar pra trás...

26 junho 2009

Verdadeiro Adorador

Manifesta em mim o teu poder,
Manifesta em mim o teu querer.
Quero ser a expressão do teu desejo
Pois tudo o que eu tenho
Tu me deste em amor

Faz de mim motivo de prazer,
Faz de mim um vaso em tuas mãos.
Quero me render diante de tua majestade!
Mergulhado em tão grande amor
Agradar teu coração.

Quero ser
Um verdadeiro adorador
Humilhado aos teus pés,
Prostrado em teu louvor.

Depender somente da tua graça
E tudo o que eu faça
Glorifique o teu nome

Quero alegrar teu coração
Agradar teu coração
Jesus

30 maio 2009

Isaías 51:03


Porque o Senhor consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Edem e a sua solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ação de graças, e voz de cântico

29 maio 2009

Águas Purificadoras

Essa canção tem falado tanto ao meu coração que, achei conveniente compartilha-la com todos.
Deixe o rio de Deus agir em sua vida; e jorrar, jorrar, jorrar dentro de você.




Águas Purificadoras
Diante do Trono
Composição: Ana Paula Valadão


Existe um rio, Senhor
Que flui do Teu grande amor
Águas que correm do trono
Águas que curam, que limpam

Por onde o rio passar
Tudo vai transformar
Pois leva a vida do próprio Deus
E este rio está neste lugar

Quero beber do Teu rio, Senhor
Sacia a minha sede, lava o meu interior
Eu quero fluir em Tuas Águas
Eu quero beber da Tua fonte
Fonte de águas vivas
Tú és a fonte, Senhor

Tú és o rio, Senhor
Tú és a fonte, Senhor

29 abril 2009

Só observando !

Só observando !


O padre de uma igreja decidiu observar as pessoas que entravam para orar.
A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada adentrou pelo corredor central.

O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora.
Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia.
Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.

A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali.
O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim.

Disse que o almoço havia sido há meia hora atrás e que reservava o tempo restante para orar, que
ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.

E disse a oração que fazia:
'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias.
Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'

O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse.
'É hora de ir' - disse Jim sorrindo.

Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.

O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes.
Teve então, um lindo encontro com Jesus.
Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem....


'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar mas penso em você todos os dias.
Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'


Certo dia, o padre notou que Jim não havia aparecido.

Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo.

Durante a semana em que Jim esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.


A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!

Ao encontrá-lo, o padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira:

- Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!!

Parecendo surpreso, o velho virou-se
para o padre e disse com um largo sorriso:

- A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz:



'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias.
Agora sou eu quem o está observando... e cuidando! '


Jesus disse: 'Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.'

E se você não está envergonhado, passe essa mensagem adiante.

Jesus é sempre o melhor amigo.





VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO(A)!

TENHA UM LINDO DIA!

28 abril 2009

Aos Olhos do Pai

Meditem na letra dessa música.



Aos Olhos do Pai
Diante do Trono
Composição: Ana Paula Valadão

Aos olhos do Pai
Você é uma obra-prima
Que Ele planejou
Com suas proprias mãos pintou
A cor de sua pele
Os seus cabelos desenhou
Cada detalhe
Num toque de amor

Aos olhos do Pai
Você é uma obra-prima
Que Ele planejou
Com suas proprias mãos pintou
A cor de sua pele
Os seus cabelos desenhou
Cada detalhe
Num toque de amor

Você é linda demais
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você nao vi jamais
Princesa linda demais
Perfeita aos olhos do Pai
Alguém igual a você não vi jamais

Você é linda demais
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você nao vi jamais
Princesa linda demais
Perfeita aos olhos do Pai
Alguém igual a você não vi jamais

Aos olhos do Pai
Você é uma obra prima
Que Ele planejou
Com suas proprias mãos pintou
A cor de sua pele
Os seus cabelos desenhou
Cada detalhe
Num toque de amor

Nunca deixe alguém dizer
Que não é querida
Antes de você nascer
Deus sonhou com você!

Nunca deixe alguém dizer
Que não é querida
Antes de você nascer
Deus sonhou com você!

Você é linda demais
Perfeita aos olhos do pai
Alguém igual a você nao vi jamais
Princesa...
Aos olhos do Pai

10 fevereiro 2009

Busquem ao Senhor

Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Is:55:6

A vinda do Senhor Jesus está próxima; e cada minuto que perdemos significa muito ao Senhor!!!

03 janeiro 2009

O Concílio de Nicéia

325 D.C – É realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia ( nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor ), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus ( 285 - 337 d.C ), filho de Constâncio I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália ( atual França ) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano.

Desde Lúcio Domício Aureliano ( 270 - 275 d.C ), os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo.

Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários ( 10% da população do império ), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império : Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.

E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado ( doutrina de Arius ) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai ( doutrina de Atanásio ). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" ( isto é, a mesma entidade existente ) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.
Com a subida da Igreja ao poder, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina.

O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia ; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos : Alexandre, de Alexandria ; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt ( Bichvinta, reino de Egrisi ). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias : Marcus, da Calabria ( Itália ) ; Cecilian, de Cartago ( África ) ; Hosius, de Córdova ( Espanha ) ; Nicasius, de Dijon ( França ) e Domnus, de Stridon ( Província do Danúbio ). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse.

As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo. O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte.

Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário. Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo ( O "Credo da Dedicação" ) em, 341, para substituir o de Nicéia. (...) E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano.

Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição da Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele.
A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia.

Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo : “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno ! Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano.
Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu ( depois de ser batizado por um bispo arianista ), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio.

Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C, o imperador Teodósio ( um trinitarista ) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinquenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados.

Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". A política do governo e da Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue.

As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte.

Encontrei esse texto na net, portanto ele não é de minha autoria e não sou responsável por ele.
Apenas achei interessante colocá-lo aqui.